BRASIL: Rouseff, empantanada en materia de derechos reproductivos

 
http://boards3.melodysoft.com/Shaharazad/brasilsobre-el-aborto-6970.html



O Sul21 conversou com a jornalista Télia Negrão, da Rede Feminista de Saúde, sobre um dos temas tabu da sociedade brasileira: a legalização do aborto. O assunto é tão polêmico que até mesmo as feministas têm dificuldade de fechar um consenso a respeito. Na 3ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres, ocorrida na última semana em Brasília, uma proposta pedindo a legalização do aborto quase não foi incluída no documento final do encontro. Enquanto umas defendiam apenas a descriminalização da prática, outras pediam a legalização do aborto. Depois de duas plenárias para definir este ponto, a legalização do aborto, mais uma vez, consta entre as principais deliberações da Conferência.



Não é de se estranhar o receio até das mulheres feministas de tratar do assunto. Basta lembrar o comportamento da sociedade brasileira quando o assunto pautou a agenda política na última campanha presidencial. Télia Negrão classificou a abordagem do tema em 2010 como desastrosa. “O aborto é refutado pelos políticos, eles evitam falar nesse assunto durante todo o tempo e esse tema é sempre trazido às campanhas eleitorais como forma de localizar os políticos dentro do espectro moral da sociedade.”



Télia projetou um quadro de estagnação no avanço de políticas públicas relacionadas à garantia dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Na sua visão, a saúde de qualidade para as mulheres segue sendo negligenciada nas três esferas do poder.



 Sul21 – Quero que tu faças um balanço no primeiro ano com uma presidenta. Tivemos avanços ou podemos dizer que houve uma estagnação por parte do Executivo?

Télia Negrão - Dependendo do campo. Se analisarmos que a Dilma se comprometeu com a autonomia econômica e financeira das mulheres e pela inclusão social, eu acho ela vem cumprindo, o próprio enfretamento de algumas doenças crônicas, como a questão do câncer de mama, colo de útero. Em termos da atenção integral à saúde das mulheres e em relação aos direitos reprodutivos, eu diria que nós vivemos num momento de estagnação, em que nos falta canais de interlocução para definir com quem nós vamos dialogar nesse governo para tratar de temas que para nós são fundamentais. Porque antes nós dialogávamos com o ministro da saúde, era um diálogo que tinha alguma efetividade, hoje nós temos um ministro que é aberto, mas que não dialoga e que colocou como política que centraliza a saúde das mulheres a rede cegonha, que é uma política materno-infantil, que não é uma política de direitos reprodutivos.


Fuente:
Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
Porto Alegre,22 de dezembro de 2011/Edição Extra


Rede Feminista da Salud

Comentarios

Entradas más populares de este blog

ESTOY HECHA DE RETAZOS-POEMA de CARO CAROLINA

USA The good job of a floor maid at the Tewksbury Institute

CHILE: Los HINRICHSEN de TOME-una aproximación a nuestra historia familiar